Sempre

Abuso da palavra sempre. E abuso sempre. Quem me conhece já percebe o sentido. Quem não me conhece, não percebe bem o que eu quero dizer.
O sempre não existe. Pelo menos não esse literal. Esse da eternidade que se concretiza apenas na poesia, na intensidade, nos instantes (por vezes até os mais breves).

Como a história de Amor mais bonita do mundo. Não. Aqui não estou a exagerar nas palavras. É mesmo Amor. E é mesmo o Maior.
Sempre é tudo que tem Amor. Tudo que é incondicional. Sempre.

Lembro-me de nas primeiras aulas de Religião e Moral, no 5ºano, fazermos um trabalho intitulado "Eu, uma história de amor". E lembro-me de sentir orgulho nos meus pais e de me sentir, realmente, uma história de amor.
Mas ele é uma história de amor maior. Tão inexplicavelmente desejado. Tão profundamente amado. Não foi a vida que o trouxe. Foi ele que trouxe Vida.
E agora, a celebrar 10 anos de calendário duma gravidez que nos cresceu na alma, alguém me perguntava: "Parece que foi ontem, não?"
Não. Parece que foi sempre.