Beber paz

É preciso beber paz.
Pode ser quente, fria, com açúcar ou sem açúcar, como preferirem. Mas é preciso beber paz!

Beber os raios de sol que se atrevem a rasgar as nuvens, beber aquele arco-íris no meio de taaantos dias de chuva, beber as cumplicidades que espreitam nos estranhos com os quais nos cruzamos nas ruas.
 
É preciso beber paz!
Beber livros que nos aumentem cá dentro, beber pessoas que são vida em nós, beber silêncios tranquilos, beber músicas que dançam no nosso peito.
 
É preciso beber paz!
Engolir horas de conversa boa com amigos, aceitar todos os copos de gargalhadas que nos oferecem, garrafas cheias de entusiasmo.
 
É preciso beber paz, minha gente. É preciso beber paz!
Podem misturar com qualquer alimento, não há interação. Porque esta paz que se bebe vai diretamente para o coração, e em vez de lhe pesar, torna-o mais leve. Fica o coração a flutuar em nós, nessa maré boa e calma de um dia quente de Verão. Com este frio molhado lá fora, somos nós que temos que nos aquecer por dentro. E não, não vale a pena ligarem aquecedores. Basta beber paz.

Já põem tanta coisa dentro de frascos, que me admira, no corredor dos iogurtes, não haver ainda um com um rótulo a dizer "essência de paz".
Talvez não falte muito. Até lá, tem que ser mesmo feito em casa. E há tantas receitas! Tantas formas de beber paz! Não fica caro e pode beber-se tanto quanto se queira. É que não há mesmo contraindicações. Por incrível que pareça, bêbada de paz, ficas ainda mais lúcida, mais plena.

E tu, já bebeste paz hoje?

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