Faltavas tu


Faltavas tu.

No fim de um caminho lento e demorado em entusiasmos, sorrisos e ternuras, percebo que ainda me falta o teu olhar. E não há como celebrar o Amor sem ti. Ainda não tinha visto o meu avô. Olhei à volta, à tua procura. E tu estavas logo ali. Logo atrás. Pertinho. E em ti, todo o nosso céu de saudades. Agora já não faltava nada.
Não contei a ninguém. Mas tu viste que te procurei. Tu viste que a festa não podia começar sem ti. E bastava sabermos os dois. 

Às vezes ainda sinto esse salto no coração a lembrar-me para te procurar com o olhar. 
Às vezes ainda rodo a cabeça, arqueio as sobrancelhas, estico o corpo...
Mas agora olho e tu não estás lá. Por mais que te procure. 

Hei-de aprender a ver-te cá dentro. 
O invisível (ainda) é muito longe.


E afinal não soubemos só nós.
Dias depois, a prima envia esta foto.
Ela sabia. Ela viu esse olhar sôfrego de ti.
E registou esse momento.
Ela já sabia a benção que era procurar
e ver a devolução do amor com o olhar.
Sempre que olho para este fotografia, vejo o teu sorriso,
o coração fica sereno e sinto que posso celebrar a vida.
Nesta fotografia, ainda consigo ver a reciprocidade do nosso amor,
essa luz dos teus olhos que é(ra) aconhego incondicional.
Nesta fotografia, ainda és. Ainda somos.

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