Celebrar a vida

No fim de um caótico dia de aniversário, fica a sensação de plenitude de quem celebra cada instante. A diferença neste dia são os miminhos extra, a atenção redobrada, a presença dos outros que, perto ou longe, estão junto do coração.
Um dia espremido de trabalho traz o cansaço bom de quem é feliz mesmo sem sair do escritório, bastidor das tabancas desta Guiné-Bissau onde somos mais inteiros só por reconhecermos o essencial. E este cansaço traz a alegria inigualável do corpo que relaxa com a noite a cair. A voz dos amigos em casa, dos que brincam entre as ultimas tarefas do dia no escritório, é a certeza de pertença a um maior que disfarça a minha pequenez.
E sigo tranquila, na certeza de celebrações renovadas. Imensa de gratidão profunda pela minha família, pelos meus amigos. Repleta da inquietude boa de quem promete nunca se contentar e nunca aceitar menos que tudo. Bêbada de paz pela terra vermelha debaixo dos pés, pelo sol quente que é metáfora da luz que vemos brilhar nos outros e nos aquece como nenhuma chama poderá jamais fazer. Esse calor bom da vida, de viver.
Saibamos celebrar mais do que uma vez por ano. Saibamos celebrar a rotina sagrada de cada momento.

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