Velhinhos

Morro de medo da morte. Não da minha, que do outro lado há coisas brutais e até gostava de ter umas conversinhas por lá. Dos outros. Dos que são a minha vida.
Não sei lidar com despedidas definitivas, com ausências irreversíveis. Não sei viver o "nunca mais". Sufoca-me. Tira-me o ar. Por mais que aprenda a eternidade.
Mas, se tem que ser, que seja o mais tarde possível.
O meu maior sonho é este: que as pessoas que amo morram velhinhas. E que eu me demore, todos os dias, em acções de graça pelas suas vidas, pela companhia, pela presença, perto ou longe.

Sem comentários:

Enviar um comentário